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sábado, fevereiro 12, 2011

Google: Museus virtuais.

Nova ferramenta possibilita visitas virtuais aos acervos de 17 museus de renome internacional com a mesma tecnologia do Google Street View.

14581.jpegEm colaboração com 17 museus e galerias de nove países, o Google lançou nesta terça-feira (01/02) a plataforma Google Art Project, para o qual utilizou a tecnologia empregada anteriormente no mapeamento de cidades. O objetivo é permitir visitas virtuais ao seleto grupo de instituições participantes.

As câmeras que equipavam os carros de filmagem do Google Street View foram levadas pela primeira vez ao interior dos edifícios e posicionadas sobre carrinhos, a fim de gerar as visitas virtuais em 360º, compostas por até 6 mil fotos panorâmicas.

Ao todo, o projeto (www.googleartproject.com) permite o acesso online a 350 salas de exposição, contendo 1.061 obras de 486 artistas, e possibilita a criação de uma coleção virtual particular. Além disso, cada uma das 17 instituições selecionou uma obra especial, que pode ser visualizada através de uma imagem de altíssima resolução, tornando visíveis detalhes que passariam despercebidos a olho nu.

Cada uma dessas imagens especiais possui cerca de sete bilhões de pixels de resolução e levou entre quatro e oito horas para ser capturada. Segundo Nelson Mattos, vice-presidente de engenharia do Google para Europa, Oriente Médio e África, trata-se de um "grande progresso no modo como muita gente vai interagir com esses tesouros".

Entre as instituições participantes estão o Museu de Arte Moderna (MoMA) e a Frick Collection, de Nova York; a Alte Nationalgalerie e a Gemäldegalerie (Pinacoteca), de Berlim; a Tate Britain e a National Gallery, de Londres; os museus Reina Sofia e Thyssen-Bornemisza, de Madri; bem como o Palácio de Versalhes, na França, o Museu Van Gogh, de Amsterdã, e o Hermitage, de São Petersburgo.

Projeto não é concorrência para museus

Os coordenadores do projeto relativizaram acusações de que disponibilizar as obras virtualmente diminuiria o interesse em visitas aos museus e galerias. Pelo contrário, eles sustentam que o projeto aumentará a visitação. "Nossa experiência mostra que, quando as pessoas pegam o gostinho, elas querem ver a imagem de verdade", argumentou Nicholas Serota, diretor da londrina Tate Britain.

Ele também rebateu acusações de que disponibilizar imagens detalhadas do espaço físico dos museus e galerias na rede seria fornecer informações importantes a potenciais ladrões de obras de arte. "Se você realmente pensa em roubar uma pintura, ir ao museu é provavelmente a melhor maneira de checar seu sistema de segurança", disse Serota.

http://www.dw-world.de/popups/popup_lupe/0,,14811623,00.html

sexta-feira, abril 23, 2010

PARA PENSAR.

Manuel Freytas

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Império e o Sub-império

A estratégia de controle militar atua como chave de sustentação da dominação econômica, política e social dos EUA na América Latina. Em consequência, qualquer investigação objetiva (e realista) sobre o processo de desenvolvimento da atividade militar e dos aparatos de segurança da América Latina produz invariavelmente a seguinte confirmação: os exércitos, a polícia e os serviços de inteligência dos países da região (exceto Cuba) mantêm (em vários estágios de desenvolvimento) relações de cooperação militar, treinamento, armamento e tecnologia com o Comando Sul dos EUA. Destes programas de inserção e, mais amplamente, da estratégia militar dos EUA, não estão isentos - paradoxalmente - os próprios países que hoje (pela direita e pela esquerda) criticam e rejeitam a instalação de novas bases militares dos EUA na Colômbia. Este quadro de subordinação é verificado, uma vez mais, com o acordo estratégico de cooperação militar que EUA e Brasil estão preparando para assinar, convertendo o gigante sulamericano numa virtual Colômbia do Cone Sul. Com o novo acordo estratégico, que será assinado na próxima segunda-feira, o Brasil reafirma sua aliança com Washington, aprofundando seu papel ativo de Sub-império regional comprometido ativamente com as hipóteses de controle militar da América Latina pelos EUA.

"Plano Colômbia" no Cone Sul: Brasil e EUA assinam acordo militar

B rasil e EUA preparam-se para assinar na próxima segunda-feira um acordo de cooperação estratégica global na área de defesa, segundo fontes diplomáticas citadas pela BBC.

O texto do acordo está em fase de revisão final e espera-se que o ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, viaje a Washington para assinar o documento juntamente com o secretário de Defesa estadunidense, Robert Gates.

Ainda que ambos os países venham sustentando acordos pontuais, no marco da guerra contra o "narcoterrorismo" , este será o primeiro acordo estratégico entre os dois países na área de defesa desde 1977 - quando o Brasil cancelou unilateralmente um acordo militar com os EUA que datava de 1952.

Os dois Estados mantinham acordos setoriais na área de defesa, que incluía a venda de equipamentos e intercâmbios e participação em exercícios regulares entre suas Forças Armadas. O "mega" acordo que está para ser assinado cria um instrumento de cooperação estratégica global, não somente no marco da guerra contra o "narcoterrorismo", mas também nos planos mais amplos de defesa continental .

Os projetos de cooperação que serão implementados por ambos os países, ainda não definidos, mas é sabido que eles envolverão o treinamento, equipamento e desenvolvimento tecnológico e cooperação global (militar e policial) na área de defesa continental .

Do ponto de vista estratégico, operacional, e por sua magnitude e área de influência, o mega acordo de defesa traça as diretrizes de um novo "Plano Colômbia" para o Cone Sul.

No entanto, e para citar diferenças deste com o acordo com a Colômbia, o acordo estratégico com o Brasil não inclui instalações militares ou acesso especial a nenhuma das partes do território, nem qualquer tipo de imunidade para as tropas - por enquanto.

Mas, em sua essência, este é um acordo bilateral que introduz - funcional e operacionalmente - as forças armadas brasileiras nas hipóteses de conflitos regionais desenhadas pelo Pentágono e pela inteligência militar estadunidense, e que têm o Comando Sul dos EUA como campo de estruturação e aplicação estratégica.

Segundo fontes diplomáticas citadas pela BBC, o acordo já estava sendo discutido entre os dois países desde a administração republicana de George W. Bush. No entanto, foi nos últimos meses, com Obama, que tomou forma e desenho final.

A partir do ano 2000 o Pentágono começou a operar pelo meio do Comando Sul e do novo sistema de controle militar regional , através dos chamados pontos de operação avançada, denominada Forward Operation Location (FOL).

Esses pontos de operação militar, FOL, foram concebidos como centros de "mobilidade estratégica" e "utilização de força decisiva", nas guerras-relâmpago, com bases e tropas aerotransportadas de rápida mobilização .

Dessa maneira, na América Latina, a democracia de mercado estadunidense convive com uma série de bases e com a Quarta Frota, cuja missão é preservar a hegemonia militar estadunidense na região e cercar as grandes fontes de energia, água potável e biodiversidade, que no futuro poderão assegurar a sobrevivência do Império dos EUA.

Neste cenário estratégico, o Comando Sul dos EUA (USSOUTHCOM), o articulador operacional da estratégia militar, inclui na sua " área de responsabilidade " 32 nações: 19 na América Central e América do Sul e 13 no Caribe.

Com o novo acordo estratégico, que será assinado na próxima segunda-feira, o Brasil reafirma sua aliança com Washington aprofundando seu papel ativo de Sub-império regional comprometido ativamente com as hipóteses de controle militar da América Latina pelos EUA.

"Plano Colômbia" do Cone Sul

Para a maioria dos especialistas, as operações repressivas desencadeadas contra os "bandos narco" em São Paulo representam o primeiro módulo experimental de "guerra contraterrorista" urbana no Cone Sul.

Na realidade - assinalam - e utilizando como pretexto a "guerra contra o narcotráfico", o exército brasileiro executa um exercício de controle de conflitos sociais que está contemplado no plano de "guerra contraterrorista global" no Cone Sul.

Além disso, tendo a " guerra contraterrorista " como marco, põe-se em prática um plano geopolítico estratégico com o qual Washington pretende confirmar seu domínio geo-político-militar sobre as estruturas econômicas e sobre os recursos naturais e de biodiversidade da região.

Água, gás, petróleo, biodiversidade e uma plataforma continental (a Amazônia), vitais à sua sobrevivência futura, se apresentam como os principais detonadores do plano de controle geopolítico-militar das "cinco fronteiras" , desenvolvido por Washington sob o disfarce da "guerra contra o terrorismo".

A localização militar na tripla fronteira, que usa como argumento o "perigo terrorista" , permite que o Comando Sul fique perto das cinco fronteiras (Colômbia, Equador, Peru, Brasil e Venezuela), onde se encontra uma gigantesca reserva de petróleo compartilhada.

No plano operacional da "guerra contraterrorista", o encarregado de realizar diagnósticos e propor políticas para a região é o Comando Sul , e não a Casa Branca ou do Departamento de Estado.

Os últimos documentos do Comando Sul dos EUA determinam que as " ameaças " atuais da região são o "terrorismo transnacional", o "narcoterrorismo", o tráfico ilícito, a falsificação e lavagem de dinheiro, o sequestro, as quadrilhas urbanas, os movimentos radicais, os desastres naturais e a migração massiva.

O principal objetivo, segundo esses documentos, é fazer com que "os aliados regionais (e seus exércitos) tenham capacidade e vontade" de participar de uma série de "operações combinadas", como ações antiterroristas, de intercepção marítima, operações de paz e ajuda humanitária.

Neste marco se enquadra a atual participação do exército brasileiro na "guerra contra o narcotráfico e o crime organizado", cujas operações estão sendo realizadas sistematicamente desde 2005 até hoje.

Operacionalmente as ações que serão desenvolvidas na "guerra contraterrorista" buscam alinhar - mediante acordos de cooperação militar, tratados, treinamento e operações conjuntas - aos serviços de inteligência, policiais e exércitos regionais num plano estratégico de "combate ao narcoterrorismo e ao crime organizado" , cujo eixo organizador e operacional centraliza-se no Comando Sul dos EUA (Plano contraterrorista).

No plano político e social, busca-se o alinhamento dos governos regionais em torno de um mesmo plano repressivo contra os conflitos sociais , cuja consigna aglutinadora é a de preservar a sociedade do "caos e da violência terrorista" das organizações sociais, dos sindicatos e dos partidos de esquerda que propõem e realizam greves, ocupações de fábricas ou de empresas, ou bloqueios de estradas (Plano de contenção de conflitos sociais).

No marco das alianças regionais contra o "terrorismo" o Comando Sul privilegia suas alianças regionais com os exércitos do Chile, em primeiro lugar, e do Brasil em segundo.

Discutindo o cenário da "guerra contra o terrorismo", o Exército do Brasil enviou 20.000 homens para suas fronteiras com a Venezuela (considerada pelo Comando Sul como o principal sustentador da "narcoguerrilha"), um número que dobrará nos próximos dois anos.

Além disso, o Comando Sul dos EUA tem instalado tanto no Chile como no Brasil um sistema de videoconferência que conecta em tempo real os estados maiores das três forças armadas. Este sistema tem também incorporado um programa de comunicação em tempo real criptografado para intercâmbio de informação sobre os movimentos de terroristas, do narcotráfico e do "crime organizado".

Segundo seus documentos, o Comando Sul considera o exército brasileiro como um complemento estratégico do exército chileno no balanço regional de "combate ao terrorismo, às drogas e ao crime organizado".

Segundo os especialistas, neste sentido é preciso interpretar a operação e os objetivos subjacentes à " guerra contra o narcotráfico e o crime organizado ", lançada em São Paulo por sete dias consecutivos.

A operação - afirmam - tem como objetivo central a implicação do exército brasileiro (como um primeiro módulo experimental do Cone Sul) no marco da "guerra contraterrorista" interna, com a consequente aplicação futura nos conflitos sociais projetados para a região.

Na realidade, e utilizando como desculpa a "guerra contra os bandos do narcotráfico e do crime organizado", o exército brasileiro e a polícia brasileira estão executando em São Paulo um plano de controle de conflitos sociais que está contemplado no plano global de "guerra contraterrorista" de baixa intensidade no Cone Sul.

O novo acordo Brasil-EUA a ser assinado na segunda-feira aprofunda e amplia o marco global de integração das forças armadas e da polícia brasileira no dispositivo militar de domínio e controle dos EUA na América Latina.

Manuel Freytas é jornalista, pesquisador, analista de estruturas de poder, especialista em inteligência e comunicação estratégica. É um dos autores mais difundidos e referenciados na Web na área. Veja seus trabalhos no Google e em IAR Noticia

Tradução: Roberta Moratori

URL: http://port.pravda.ru/mundo/29337-imperio_sub_imperio-0

Obama actualiza a "guerra ao terrorismo" ……….

Os países presentes têm combustível para fabricar 120 mil bombas atómicas

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É a maior conferência de chefes de Estado e de governo promovida em território norte-americano desde a cimeira de 1945 em São Francisco e que viria a dar origem às Nações Unidas.

A Administração de Barack Obama organizou-a a partir da constatação de que a curto, médio e longo prazo, "a maior ameaça à segurança dos Estados Unidos" pode partir de uma organização terrorista dotada de capacidades militares nucleares, pelo que será necessário que os países e instituições mundiais se organizem no sentido do desarmamento e do controlo da proliferação nuclear.

O comunicado final já não é segredo mesmo antes de anunciado oficialmente, uma vez que correu pelos participantes muito antes de se juntarem em Washington. Apela a uma liquidação da produção e armazenamento de plutónio e urânio altamente enriquecido, o reforço das medidas de segurança dos stocks nacionais de combustíveis nucleares a desenvolver nos próximos quatro anos, e a abdicação voluntária desses materiais por vários países.

Como resultados imediatos da conferência, a Ucrânia anunciou que vai prescindir dos seus stocks de combustíveis nucleares. A China pode ter dado mais um passo na aproximação ao conceito de sanções norte-americanas contra o Irão, embora não tenha ficado claro até onde Pequim possa ir.

Ainda durante a fase de organização da conferência ficou claro que entre os objectivos a atingir figura o isolamento do Irão, devido ao seu alegado programa nuclear militar, e da Coreia do Norte, país acusado de traficar mísseis e combustível nuclear. A Síria não foi convidada, apesar do recente desanuviamento das relações com os Estados Unidos.

O Irão e a Síria são subscritores do Tratado de Não Proliferação Nuclear e recebem actualmente nos seus territórios equipas de inspecção da Agência Internacional de Energia Atómica. A Coreia do Norte também subscreveu o TNP mas abandonou-o em 2006.

Entre os convidados por Barack Obama estão, por outro lado, países que não subscrevem o TNP ou que abertamente violam o tratado, como é o caso de Israel, Índia e Paquistão.

Os dois países asiáticos fazem-se representar ao nível de primeiro ministro e realizam cimeiras bilaterais com o presidente norte-americano; Benjamin Netanyahu decidiu no último momento não se deslocar a Washington, em primeiro lugar porque as suas relações com Obama não são actualmente as melhores e também porque receou o facto de os países árabes colocarem sobre a mesa a questão do volumoso arsenal nuclear israelita, que oficialmente "não existe" mas é o único no Médio Oriente.

Entre as questões nucleares que também não foram integradas na agenda da importante conferência, intimamente relacionadas com os desejos manifestados de desarmamento, figuram outras situações candentes: o facto de os Estados e a Rússia terem 95 por cento dos arsenais nucleares mundiais e de a recente renovação do acordo START ter produzido apenas promessas de reduções ínfimas; os poderosos arsenais nucleares de França, Reino Unido e China; a presença de armas atómicas nos territórios da Bélgica, Holanda e Alemanha, podendo ser usadas por estes países apesar de serem nominalmente norte-americanas.

Segundo as estimativas reveladas por especialistas e cientistas a propósito da conferência, os 47 países presentes armazenam globalmente 2100 toneladas de combustível nuclear, que pode ser usado no fabrico de 120 mil bombas atómicas, que chegam e sobejam para destruir muitas vezes o planeta.

Os conteúdos da conferência permitiram desde já conhecer algumas das medidas que os Estados Unidos tentarão, com elevada percentagem de êxito, integrar no renovado Tratado de Não Proliferação Nuclear. Uma delas é a criação de mecanismos para a realização de inspecções mais intrusivas sobre alegadas actividades nucleares a cargo da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), progressivamente mais identificada com os interesses estratégicos de Washington; outra das medidas tem como objectivo impedir que alguns países possam ter acesso ao ciclo completo da cadeia nuclear, ainda que para fins civis.

Terça, 13 Abril 2010

Fonte: BE Internacional

terça-feira, abril 06, 2010

Guerra no Iraque: Urânio empobrecido: Um crime de guerra dentro de uma guerra criminosa.

Por William Bowles

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Como se destruir um país e  a sua cultura não fosse suficientemente mau, o que dizer acerca da destruição do seu futuro, dos seus filhos? Quero bradar isto de cima dos telhados! Somos cúmplices em crimes de tamanha enormidade que acho difícil encontrar as palavras para descrever o que sinto acerca deste crime cometido em meu nome! Em nome do mundo "civilizado"?

"Esqueça-se do petróleo, da ocupação, do terrorismo ou mesmo da Al-Qaeda. O perigo real para os iraquianos destes dias é câncer. O câncer está a propagar-se rapidamente no Iraque. Milhares de bebês estão a nascer com deformidades. Os médicos dizem que estão a lutar para enfrentar o aumento do câncer e dos defeitos natos, especialmente em cidades sujeitas a pesado bombardeamento americano e britânico". — Jalal Ghazi, para New America Media

Segundo Dahr Jamail,

"Os militares americanos e britânicos utilizaram mais de 1700 toneladas de urânio empobrecido (depleted uranium, DU) no Iraque durante a invasão de 2003 (Jane's Defence News, 4/2/04) acima da 320 toneladas utilizadas na Guerra do Golfo de 1991 (Inter Press Service, 3/25/03). Literalmente, todas as pessoas com quem falei no Iraque durante os meus nove meses de reportagem ali sabem de alguém que sofre ou morreu de câncer.

Ghazi cobriu Faluja, a qual absorveu a carga de duas maciças operações militares dos EUA em 2004, até 25 por cento dos nascituros têm sérias anormalidades físicas. As taxas de câncer em Babil, uma área a Sul de Bagdá, elevaram-se de 500 casos em 2004 para mais de 9000 em 2009. O Dr. Jawad al-Ali, diretor do Centro de Oncologia em Bassorá, disse à Al Jazeera English (10/12/09) que houve 1885 casos de câncer no ano de 2005, agora de 1250 a 1500 pacientes visitam o seu centro a cada mês. — 'The New 'Forgotten' War' By Dahr Jamail, 15 March, 2010

Mesmo a BBC foi forçada a reconhecer a realidade (Ouçam: 'Child deformities 'increasing' in Falluja' 4 March, 2010). Mas é verdade que pesquisei o sítio web da BBC em busca do vídeo clip que havia visto na semana passada, de modo que fui poupado às cenas horrorosas que testemunhara, registradas no hospital principal de Faluja . Se isto tivesse sido uma herança de Saddam, teríamos visto imagens como aquelas acima repetidas infindavelmente nos meios de comunicações, completadas com resoluções da ONU e tudo o mais.

Esta peça curta colocada no sítio web da BBC finalizava assim:

"Numa declaração, o Pentágono disse que "Nenhum estudo até a data indicou questões ambientais que resultassem em questões específicas da saúde. “Munições não explodidas, incluindo dispositivos explosivos improvisados, são um perigo reconhecido”.

Fim da história, tanto quanto o que preocupa a BBC. Assim, como é que isto não é uma manchete? Mesmo a Coligação Travem a Guerra (Stop the War Coalition) mal menciona o assunto, mais preocupada aparentemente com os apuros dos guerreiros do imperialismo, dos guerreiros britânicos que dispararam esta coisa imunda não só contra inocentes iraquianos como também contra inocentes da antiga Jugoslávia e do Afeganistão. Mas então somos os cidadãos do Império, o que explica porque Stop the War tem pouco ou nada a dizer sobre o assunto.

"Quando disseram que o urânio empobrecido era a arma preferida do império norte-americano, eles mentiam. A palavra 'empobrecido' é um truque de relações públicas. Ela faz parece que o material nuclear está esgotado. Não está. É urânio. Vamos chamá-lo urânio. Por outras palavras, DU é o resíduo nuclear de baixo nível. O DU também pode conter traços significativos de "neptúnio, plutônio, amerício, tecnícium-99 e urânio-236". – http://tuberose.com/

As declarações do governo britânico e americano de que o Depleted Uranium é uma arma "convencional" são contraditadas pelos fatos:

O armamento com urânio empobrecido (DU) cumpre a definição de armas de destruição em massa em duas de três categorias sob o U.S. Federal Code Title 50 Chapter 40 Section 2302.

Desde 1991, os EUA libertaram atomicidade equivalente a pelo menos 400 mil bombas de Nagasaki na atmosfera global. Isto é 10 vezes a quantidade libertada durante testes atmosféricos, a qual era o equivalente a 40 mil bombas de Hiroshima. Os EUA contaminaram permanentemente a atmosfera global com poluição radioativa que tem uma semi-vida de 2,5 mil milhões de anos.

Os EUA conduziram ilegalmente quatro guerras nucleares na Jugoslávia, Afeganistão e duas vezes no Iraque desde 1991, chamando o DU de armamento "convencional" quando de fato é armamento nuclear.

O DU no campo de batalha tem três efeitos sobre sistemas vivos: é um veneno químico como metal pesado, um veneno "radioativo" e tem um efeito de "partícula" devido à dimensão das partículas que é de 0,1 mícrons ou mais pequeno.

Os planos para o DU como armamento são de um memorando de 1943 do Gen. L. Groves, do Projeto Manhattan, que recomendou o desenvolvimento de materiais radioativos como armas de gás venenoso – bombas sujas, mísseis sujos e balas sujas.

As armas com DU são penetradoras com energia cinética muito efetiva, ainda mais efetiva do que as bio-armas uma vez que o urânio tem uma forte afinidade química para estruturas de fosfato concentradas no DNA.

O DU é o Cavalo de Tróia da guerra nuclear – ele mantém-se presente e continua a matar. Não há maneira de limpá-lo e nenhuma maneira de anulá-lo porque ele continua a desintegrar-se em outros isótopos radioativos em mais de 20 passos.

Terry Jemison do U.S. Department of Veterans Affairs declarou em Agosto de 2004 que mais de 518 mil veteranos do Golfo (período de 14 anos) estão agora com incapacidade médica e que 7.039 foram feridos no campo de batalha naqueles mesmo período. Mais de 500 mil veteranos dos EUA estão sem casa.

Em alguns estudos de solados que tiveram bebês normais antes da guerra, 67 por cento dos bebês pós-guerra nasceram com defeitos graves – com falta de cérebro, olhos, órgãos, pernas e braços e doenças do sangue.

No Sul do Iraque, cientistas estão a relatar níveis de radiação gama no ar cinco vezes mais elevados, o que aumenta a carga corporal diária dos habitantes. De fato, o Iraque, a Iugoslávia e o Afeganistão são inabitáveis.

O câncer começa com uma partícula alfa sob as condições certas. Um grama de DU é da dimensão de um ponto nesta sentença e liberta 12 mil partículas alfa por segundo. – http://tuberose.com/

De modo que todas vocês, pessoas alegadamente civilizadas, o que estão a fazer acerca disto?

PS: Oh, esqueci-me das armas com DU fornecidas a Israel pelos EUA, também lançadas sobre o povo de Gaza.

O original encontra-se em www.creative-i.info e em

http://www.countercurrents.org/bowles210310.htm

Este artigo encontra-se em http://resistir.info e www.patrialatina.com.br

URL: http://port.pravda.ru/mundo/29198-guerra_du-0

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