sábado, agosto 07, 2010

Pravda acertou quando disse que intenção de Lula era assumir a ONU.

  lula_stegun

Na edição de 24/03/2010, o PRAVDA, através de reportagem assinada pelo seu correspondente no Brasil, jornalista Antonio Carlos Lacerda, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha interesse em ser secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) logo depois de empossar a ex-ministra chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Rousseff, presidente do Brasil.

O texto do jornalista Antonio Carlos Lacerda foi publicado na edição portuguesa do PRAVDA com o título “Depois de eleger Dilma presidente, Lula vai correr mundo para chegar à ONU”, bem como na inglesa com o título “Brazil's President Lula to Go for Secretary-General of the UN”. Todas com data de 24/03/2010 e assinadas pelo correspondente do PRAVDA no Brasil.

A notícia foi considera mera especulação na intenção de desestabilizar a pré-candidatura da petista Dilma Rousseff. Hoje, 23/05/2010, exatos dois meses depois, a Folha de São Paulo, um dos quatro maiores e mais importantes jornais do Brasil, afirma com principal manchete de capa que “Lula articula seu futuro na ONU ou no Banco Mundial”.

A matéria diz que o presidente Lula já tem o apoio dos presidentes da França, Nicolas Sarkozy; e da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero; além do primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, para assumir a Secretaria-Geral da ONU.

“Não interessaria a Lula virar secretário-geral da ONU no atual formato, muito dependente dos EUA e dos outros vencedores da Segunda Guerra Mundial - Reino Unido, França, Rússia e China. Mas, se for aprovada uma reforma da ONU, a começar pelo Conselho de Segurança, Lula trabalhará para disputar a Secretaria-Geral”, enfatizou a reportagem da Folha de São Paulo.

O presidente Lula quer assumir a ONU com poderes absolutos, principalmente sobre os membros do Conselho de Segurança. Para isso, quer o Conselho de Segurança da ONU com outra cara, o que significa dizer que ele só aceitaria o cargo se o Conselho passasse a ter outros membros, para não ter de se submeter aos interesses e poderes dos Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e Alemanha.

Lula quer a Secretaria-Geral da ONU sem os Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e Alemanha no Conselho de Segurança. Ele só concorda com a permanência da França, com quem o Brasil realizou uma transação comercial para a compra de aviões caças Rafelly, apesar de um laudo técnico da Aeronáutica não ter recomendado essa aeronave.

Já que não vai conseguir mudar a atual composição o Conselho de Segurança da ONU, para assumir a Secretaria-Geral da entidade, o presidente Lula tem pela frente dois grandes obstáculos a vencer: a influência decisória dos Estados, Rússia, China, Reino Unido e Alemanha, além da pretensão do atual secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, tem mandato até o final de 2011 e pode ser reconduzido ao cargo.

Uma fonte de Brasília disse que apesar de alimentar um sonho impossível, utópico, o presidente Lula quer “o impossível do impossível: mudar os membros do Conselho de Segurança da ONU. Isso nos faz lembrar Gamal Abdel Nasser, no Egito; Juan Domingos Peron, na Argentina; e Jânio Quadros, no Brasil”.

Por conta da possibilidade do presidente Lula assumir a presidência do Banco Mundial, já existem até empresários brasileiros procurando um prédio na zona sul de São Paulo para ser a sede de um instituto pertinente.

ANTONIO CARLOS LACERDA

PRAVDA Ru BRASIL

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Durante os dois primeiros séculos da sua história, o Brasil sempre se comprometeu a ser a promessa de amanhã. Apesar de ter imensos recursos naturais, um mercado interno enorme e um sólido sistema de educação pública, a dimensão do país, juntamente com a má gestão, viu esse colosso da América Latina falhar e afundar-se num mar de incompetência. Depois veio o Lula.

Em 2002, Presidente Luiz Inácio Lula da Silva herdou um empréstimo do FMI de 30 biliões de dólares, assinado pelo seu antecessor Fernando Henrique Cardoso. A dívida com o FMI foi paga anos antes do prazo final obrigatório e oito anos depois, o Brasil é uma potência da economia latino-americana, um jogador-chave na cena mundial diplomática e sua crescente influência é sentida em vários mercados mundiais.

Promovendo uma política diplomática que visava levar o Brasil mais próximo da América Latina e à coesão do Continente, Presidente Lula realizou, por exemplo, 17 reuniões com o seu homólogo venezuelano, Hugo Chávez, e, nas palavras de ambos os presidentes, fizeram mais em oito anos do que os seus antecessores no dois séculos anteriores; Lula também atribuiu muito mais importância para o MERCOSUL e UNASUL, fazendo com que o principal parceiro comercial do Brasil fosse o continente latino-americano em vez da União Europeia.

Em termos de comércio exterior, os déficits foram transformados em excedentes e a micro-economia do Brasil foi assim reforçada. Testemunho disso foi a melhoria nos padrões de vida da grande maioria dos quase 200 milhões de cidadãos do país. P rojetos de infra-estrutura no âmbito do Plano de Aceleração do Crescimento, como a ferrovia Transnordestina de 1.100 km. ligando o sertão para os portos do Atlântico, criaram as bases para a estimulação da economia do Brasil não só no presente mas também no futuro.

Habilmente criando as condições para o Brasil evitar os aspectos mais negativos sentidos em outros lugares durante a crise econômica e financeira, Lula conseguiu estimular o investimento estrangeiro, que apesar de um soluço, em 2009, promete voltar rapidamente aos níveis pré-crise já em 2010.

Entendendo que o caminho era através do estímulo do mercado interno, o presidente Lula entendeu que, tirando milhões de pessoas da pobreza através de programas apoiados pelo governo, o motor interno seria o suficiente para afastar a crise. O resultado dos pacotes de incentivo foi traduzido em termos reais, nomeadamente o aumento da classe média do Brasil de 43% da população em 2003 para 50% hoje, enquanto de acordo com a Fundação Getúlio Vargas, cerca de 30 milhões de brasileiros foram retirados da pobreza , através de programas de benefícios sociais como Bolsa Família, Bolsa Escola e Fome Zero.

Quando temos em conta a crescente influência econômica do Brasil (o Brasil é o maior exportador de carne bovina, café, açúcar e suco de laranja do mundo, um dos principais exportadores de soja, aves e suínos) não surpreende que, no palco diplomático , a Presidência Lula já viu seu país elevado a um estatuto sem precedentes, o que permitiu a Brasília (juntamente com Ancara) resolver a questão do Irã, uma vez por todas.

Na arena internacional, Lula tem contribuído tanto quanto qualquer outra pessoa, ou talvez mais, para a criação de um mundo verdadeiramente multipolar, realçando a importância de grupos como os BRIC e os G20 e estabeleceu as bases para a economia do Brasil superar a da Itália, França e o Reino Unido até 2036.

Tendo testemunhado, e em grande parte provocado, uma grande mudança na balança de poder numa escala planetária, o legado da Presidência Lula é FIFA 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016. No Brasil.

Timothy BANCROFT-HINCHEY

PRAVDA.Ru

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Brasil acusa Conselho de Segurança da ONU de “mandar” no mundo

BRASÍLIA, BRASIL - Ao rebater críticas ao Brasil e à Turquia pelo acordo nuclear com o Irã, e pedir que as potências emergentes sejam ouvidas nas questões internacionais, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, acusou diretamente os Estados Unidos, China, França, Reino Unido e Rússia de mandarem no mundo.

Por ANTONIO CARLOS LACERDA

Correspondente no Brasil

Em uma referência direta a esses aos cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, o chanceler brasileiro disse que "continua a ser prerrogativa de um pequeno número de países as decisões do mundo”.

"As decisões globais foram feitas por um punhado de potências tradicionais. Os membros permanentes do Conselho de Segurança tinham (e ainda têm) o privilégio de dar as cartas sobre questões de paz e segurança internacional", disse Celso Amorim.

"É hora de escutar os países emergentes, Turquia e Brasil, mas também outros como a África do Sul, o Egito e a Indonésia, nas sérias questões de paz e guerra", enfatizou o ministro das Relações Exteriores do Brasil.

Segundo Celso Amorim, incluir Brasil, Turquia, África do Sul, Egito e Indonésia nos grandes debates mundiais "abrirá as portas a um mundo melhor". O ministro brasileiro disse ainda que "as decisões mundiais não podem continuar sendo adotadas sem ouvir mais vozes".

Segundo Celso Amorim, "a insistência para adotar sanções contra o Irã confirma a percepção de analistas que denunciam que os centros tradicionais de poder não compartilharão o status privilegiado".

A situação contrasta com as mudanças ocorridas nos últimos anos no cenário internacional, como as comerciais e de mudança climática, que se abriram aos grandes países em desenvolvimento.

"A crise financeira acentuou a aparição de novos atores, substituiu o Grupo dos Oito (G8) como primeiro fórum de debates e de tomada de decisões sobre a economia mundial", esclareceu Celso Amorim.

"As discussões sobre comércio, finanças, mudança climática e inclusive a governança mundial começaram a ser abertas aos países em desenvolvimento", disse o ministro das Relações Exteriores do Brasil ao arrematar que "sem a presença de países como China, Índia, Brasil, África do Sul e México não se alcançaria nenhum resultado tangível".

Até o fechamento desta reportagem pelo Correspondente do PRAVDA no Brasil, nenhum dos países membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU havia se manifestado, mesmo que através de comunicados oficiais de suas embaixadas na ONU ou de seus governos em Washington, Pequim, Paris, Londres e Moscou.

ANTONIO CARLOS LACERDA

PRAVDA Ru BRASIL

Um comentário:

Rui Martins disse...

Ora muito bem!
E não esquecer:
Petição MIL: Lula da Silva a Secretário-Geral
http://www.gopetition.com/petition/36394.html

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