sexta-feira, junho 13, 2014

Balanço de pagamentos - Abril de 2014,Banco Central do Brasil.

Setor Externo

NOTA PARA A IMPRENSA - 23.5.2014

Setor Externo

I - Balanço de pagamentos - Abril de 2014

O balanço de pagamentos registrou superavit de US$1,8 bilhão em abril. As transações correntes foram deficitárias em US$8,3 bilhões, acumulando, nos últimos doze meses, saldo negativo de US$81,6 bilhões, equivalente a 3,65% do PIB. A conta financeira foi superavitária em US$9,9 bilhões, destacando-se os ingressos líquidos em investimentos estrangeiros diretos e em carteira, na ordem, US$5,2 bilhões e US$4,3 bilhões.
A conta de serviços apresentou deficit de US$4,4 bilhões no mês, elevação 11,8% na comparação com o resultado de abril de 2013. As despesas líquidas com transportes apresentaram recuo de 8,2%, na mesma base de comparação, atingindo US$824 milhões. O item viagens internacionais registrou despesas líquidas de US$1,8 bilhão, crescimento de 19%, comparativamente ao ocorrido em mesmo mês do ano anterior. O resultado foi composto por elevação de 11,9% nos gastos de turistas brasileiros em viagens ao exterior e redução de 6,5% nas despesas de viajantes estrangeiros ao Brasil. Destacaram-se as elevações nas despesas líquidas com aluguel de equipamentos, 11,6%, royalties e licenças, 6,1%; e serviços de computação e informações, 46,3%; Houve recuo nas despesas líquidas com seguros, 64,4%.
As remessas líquidas de renda para o exterior somaram US$4,5 bilhões no mês, crescimento de 27% na comparação com abril de 2013. As despesas líquidas de lucros e dividendos atingiram US$3,3 bilhões, ante US$2,5 bilhões em mês correspondente do ano anterior, enquanto as despesas líquidas de juros somaram US$1,2 bilhão, expansão de 15,9% no período comparativo. As saídas líquidas de renda de investimento direto totalizaram US$2,4 bilhões, estáveis em comparação ao observado em abril de 2013. As remessas líquidas de renda de investimentos em carteira somaram US$1,6 bilhão, compostas por despesas líquidas de lucros e dividendos, US$1,2 bilhão milhões, e de juros de títulos de renda fixa, US$327 milhões. A despesa líquida de renda de outros investimentos somou US$603 milhões, redução de 1,7% comparado ao mês equivalente do ano anterior.
As transferências unilaterais registram ingressos líquidos de US$78 milhões, recuo de 62,8% em relação a abril de 2013. O ingresso bruto de manutenção de residentes somou US$160 milhões, redução de 2,9% no mesmo período comparativo.
Os investimentos brasileiros diretos no exterior registraram aplicações líquidas de US$1,6 bilhão, compreendendo US$3,6 bilhões em aquisição de participação no capital de empresas no exterior, enquanto os ingressos líquidos provenientes de empréstimos intercompanhias somaram retornos de US$2 bilhões.
Os investimentos estrangeiros diretos somaram ingressos líquidos de US$5,2 bilhões. Os ingressos líquidos em participação no capital de empresas no País atingiram US$4,1 bilhões, enquanto os desembolsos líquidos de empréstimos intercompanhias totalizaram US$1,1 bilhão. Em doze meses, os ingressos líquidos de IED somaram US$64,5 bilhões, equivalentes a 2,88% do PIB.
Os investimentos estrangeiros em carteira apresentaram entradas líquidas de US$4,3 bilhões em abril, compostos por ingressos líquidos de US$555 milhões em ações e US$3,7 bilhões em títulos de renda fixa. Os investimentos em títulos de renda fixa negociados no País somaram ingressos líquidos de US$1,6 bilhão. Os bônus públicos negociados no exterior propiciaram ingressos líquidos de US$1,4 bilhão, com a emissão do Euro 21. Os ingressos líquidos de notes e commercial papers atingiram US$715 milhões no mês. Não houve operações em títulos de renda fixa de curto prazo negociados no exterior.
Os outros investimentos brasileiros no exterior apresentaram aplicações líquidas de US$1 bilhão, compreendendo, dentre outros, redução de US$2,5 bilhões no saldo de depósitos mantidos por bancos brasileiros no exterior, e expansão de US$1,7 bilhão nos depósitos de empresas não financeiras. As concessões líquidas de empréstimos e créditos comerciais de curto prazo ao exterior somaram US$1,7 bilhão no mês.
Os outros investimentos estrangeiros no País registraram ingressos líquidos de US$3,9 bilhões. O crédito comercial de fornecedores somou ingressos líquidos de US$393 milhões, concentradas em operações de curto prazo. Os empréstimos de médio e longo prazos somaram ingressos líquidos de US$3,8 bilhões, destacando-se os desembolsos líquidos de empréstimos diretos, US$3,4 bilhões.
II - Reservas internacionais

As reservas internacionais no conceito liquidez totalizaram US$378,4 bilhões em abril, aumento de US$1,2 bilhão em relação ao mês anterior. Em abril, o estoque de linhas com recompra atingiu US$11,7 bilhões, recuo de US$1,6 bilhão em relação à posição de março. A receita de remuneração das reservas somou US$241 milhões. As variações por preços e por paridades elevaram o estoque de reservas internacionais em US$479 milhões e US$551 milhões, respectivamente. No conceito caixa, o estoque de reservas atingiu US$366,7 bilhões em abril, incremento de US$2,8 bilhões em relação ao mês anterior.
III - Dívida externa

A posição da dívida externa bruta estimada para abril totalizou US$326,3 bilhões, acréscimo de US$6,3 bilhões em relação ao montante estimado para março de 2014. A dívida externa estimada de longo prazo atingiu US$288,1 bilhões, elevação de US$6,3 bilhões, enquanto o estoque de curto prazo manteve-se estável em US$38,2 bilhões.
A variação da dívida externa de longo prazo no período é explicada por empréstimos de longo prazo tomados pelos setores financeiro e não financeiro, US$2,3 bilhões e US$1,4 bilhão, respectivamente; e de títulos de dívida de longo prazo emitidos pelo governo e pelo setor financeiro, US$1,4 bilhão e US$658 milhões, na ordem. A variação por paridades aumentou o estoque em US$297 milhões.

http://www.bcb.gov.br/?BACENFAQ

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