sexta-feira, janeiro 23, 2015

A CRISE D'ÁGUA, A MENTIRA E A INOPERÂNCIA DOS GOVERNOS E NOSSA CORRESPONSABILIDADE

O TEXTO ABAIXO FOI ESCRITO, E POSTADO NO FACE BOOK HOJE, PELO PROFESSOR ROBSON SÁVIO DA PUC

A CRISE D'ÁGUA, A MENTIRA E A INOPERÂNCIA DOS GOVERNOS E NOSSA CORRESPONSABILIDADE
Em São Paulo, não obstante a beira do precipício, o governo tucano continua afirmando que o desabastecimento não existe. Todos sabem que daqui há mais ou menos 4 meses, a continuar como está, a (represa da ) Cantareira estará seca.

Aqui em Minas, com medo dos resultados das urnas (que vieram independentemente das tramoias), os tucanos (através da blindagem midiática da nossa imprensa serviçal) omitiram a gravidade da situação de desabastecimento no estado e principalmente na RMBH, esclarecida hoje pela (nova) presidenta da Copasa. No Rio, o governo peemedebista omite o fato de o (Rio) Paraíba do Sul, que abastece quase todo o estado, estar próximo ao colapso. No cenário nacional, o governo petista, mesmo sabendo do risco de um apagão (dado a situação dos reservatórios das hidroelétricas) continua dizendo que não há problemas... Ou nossos governantes vivem num mundo de "faz-de-conta" ou são demagogos... (Talvez, as duas coisas e outras mais...).
Se tivéssemos governos responsáveis, menos pragmáticos e mais republicanos, seria a hora de a presidenta da República ladeada pelos governadores de São Paulo, Rio e Minas e os prefeitos das respectivas capitais, fazerem um pronunciamento público à Nação admitindo a situação periclitante de nossas hidroelétricas e represas de armazenamento de água e clamando à população para que cumpram o seu dever cívico de economizar água e energia elétrica (que acostumamos, covardemente, a desperdiçar impunemente).
Penso que a combinação de dois fatores foram cruciais para essa situação que beira o caos:
1. Óbvio, os eventos climáticos, ocasionados pelo modelo de desenvolvimento que estupra a natureza impiedosamente;
2. E outro, não analisado pelos comentaristas de plantão: nas últimas duas décadas os consumidores vorazes da classe média brasileira saltaram de 30% da população para cerca de 70% da população. Isso significa, objetivamente, uma extraordinária demanda de consumo (de bens e serviços (produzidos com o gasto de muita água), energia, água, etc.) num curtíssimo período de tempo. Agora, só falta algum coxinha preconceituoso culpar os pobres por terem acendido à classe média consumidora...
O fato é que esse modelo de desenvolvimento que PRIVILEGIA o bem-estar INDIVIDUAL em detrimento dos recursos ambientais mostra a perversidade desse processo violentador da natureza.
Portanto, ou TODOS nós assumimos a corresponsabilidade nesse processo de escassez dos recursos hídricos ou ficaremos a apontar os dedos à caça de bodes expiatórios, assistindo o caos que se aproxima e que, fatalmente, atingirá de maneira desigual, mas isonômica, todos nós

É necessário termos consciência do que está acontecendo.

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