quarta-feira, maio 27, 2009

África - maior diversidade genética

África - maior diversidade genética

Uma das maiores pesquisas já realizadas sobre a genética dos povos africanos revelou que a África, continente de origem dos primeiros seres humanos, tem a maior diversidade genética do planeta. O estudo, publicado na revista Science, mostrou que, no caso dos africanos, a diversidade entre um e outro é bem maior quando comparada às diferenças genéticas entre um norueguês e um japonês.

O levantamento, que levou dez anos para ser concluído, envolveu viagens às mais distantes e remotas regiões do continente para a coleta de sangue. Foram analisadas amostras de DNA de cerca de três mil pessoas, entre 121 etnias africanas, além de descendentes que moram em outros lugares do mundo.

Origens do homem moderno

A pesquisa também aponta indícios da região onde teria surgido o homem moderno: aproximadamente na fronteira entre a Namíbia e a África do Sul. Já os primeiros a migrarem da África para o resto do mundo teriam saído da região do Mar Vermelho.

Pelo levantamento, todas as etnias analisadas descenderiam de 14 grupos humanos. As diferenças e similaridades entre seus códigos genéticos também refletem as diferenças e semelhanças nos seus comportamentos e linguagens.

Berço da humanidade

Além da ampla variedade genética, os primeiros seres humanos teriam surgido no continente há cerca de 120 mil anos, o que já se sabia por estudos anteriores. De toda a África, o povo san, ao sul, também conhecido como bosquímanos, seria o mais antigo. Eles são tidos como descendentes diretos dos ancestrais humanos, que originaram todo o restante do povo africano. Ainda nos dias de hoje, esse grupo vive da caça e da coleta.

Os pesquisadores constataram, também, que os san estão entre os grupos mais diversificados geneticamente. Isso é um indício de que eles podem ser o grupo humano mais antigo do planeta. Alguns indivíduos inclusive aparentam os mesmos traços genéticos dos seus parentes afro-americanos, o que pode ser uma forte prova de que eles são os ancestrais de grande parte dos escravos enviados ao Novo Mundo.

Semelhanças entre grupos distantes

Com este estudo, foi possível descobrir que grupos distantes no território tinham semelhanças no DNA. Grupos da Tanzânia, por exemplo, têm pontos parecidos com os san, do sul, e usam um tipo de linguagem com estalos não encontrada em nenhuma outra parte do planeta.

Além disso, as descobertas sobre os marcadores genéticos do DNA de grupos que habitam o leste da África demonstram que eles são descendentes dos que migraram do continente africano para conquistar a Ásia há milhares de anos.

Continente Africano – um grande marco na história

A África possui uma história de fundamental importância para a humanidade porque comporta uma vasta diversidade étnica, ou seja, sua população é totalmente negra, mas não homogênea no que diz respeito à cultura, línguas, costumes etc.

Ao estudarmos a história do continente africano, conseguimos entender as raízes que levaram ao Tráfico Negreiro, a escravatura e ao racismo, principalmente aqui no Brasil, colônia que mais abrigou escravos africanos durante a história.

Lembrando que dois motivos enfatizavam o racismo: a escravatura e a condição social. Os escravos, a princípio nomeados assim por suas características físicas, sofriam preconceitos por possuir uma natureza diferente daquela dos outros seres humanos. Já no caso da condição social, o que prevalecia era a condição financeira de cada um, que variava por conta de motivos diversos.

Infelizmente as práticas racistas ainda marcam a história diariamente, por isso, é preciso avaliar e exaltar a importância de cada raça para a história da humanidade."

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