sexta-feira, setembro 17, 2010

Benzeno pode ser formado nos refrigerantes pela associação de 2 aditivos: o ácido ascórbico e o benzoato.

MPF dá ultimato sobre benzeno em refrigerantes.

A possibilidade de refrigerantes, até mesmo de
marcas reconhecidas mundialmente, conterem
substâncias cancerígenas levou o Ministério
Público Federal (MPF) em Belo Horizonte a fazer
uma espécie de ultimato à Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa). A ordem é para
que a agência estabeleça um nível de
concentração máxima tolerável da substância
benzeno (usada até mesmo como solvente) nas
marcas comercializadas no país.
Para o procurador da República Fernando de
Almeida Martins, é inadmissível que, até hoje,
não haja no Brasil uma regulamentação sobre o
assunto. Ele informou que a Anvisa deverá
realizar, preliminarmente, estudos e pesquisas
que indiquem qual seria a concentração considerada segura para a saúde humana.
O benzeno pode ser formado, nos refrigerantes, a partir da associação de dois aditivos, o
ácido ascórbico e o benzoato. De acordo com a Associação de Defesa dos Consumidores
Pro-Teste, os índices de benzeno em alguns refrigerantes estariam acima do permitido.
A associação testou 24 tipos de refrigerantes, e sete marcas apresentaram concentrações
de benzeno. Dessas, cinco estavam com uma quantidade aceitável, enquanto dois deles,
Fanta Laranja Light e Sukita Zero, apresentaram níveis de benzeno acima do valor máximo
permitido pela Anvisa para água potável.
A assessoria do fabricante de Fanta informou que a Associação Brasileira da Indústria de
Refrigerantes (Abir) iria se manifestar sobre o assunto, o que não aconteceu até o
fechamento desta edição. A assessoria do fabricante de Sukita argumentou que todos os
produtos de sua linha cumprem a legislação vigente.
Já a assessoria da Anvisa informou que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde
(OMS), os dados mundiais referentes à existência de benzeno em refrigerantes não
justificam a adoção de nenhuma medida sanitária até o momento, por não existir risco
para a saúde.
A Anvisa terá 180 dias para efetuar os estudos recomendados pelo MPF e 200 dias para
baixar portaria regulamentando o assunto em todo o país.

 

Jornal Hoje em Dia.

Nenhum comentário:

2010

2010

Arquivo do blog