Comissão não vai investigar ministros
Publicado em 13 de setembro de 2011
No caso de Bernardo, foram analisadas denúncias de que ele viajou em avião de empreiteira que faz obras para o governo
AGBR
Para Sepúlveda Pertence, não há provas de que os acusados tenham infringido o Código de Conduta
Brasília. A Comissão de Ética da Presidência da República arquivou ontem a investigação de denúncias de irregularidades que teriam sido praticadas pelos ministros Paulo Bernardo (Comunicações), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e pelo presidente da Petrobras, José Gabrielli.
No caso de Bernardo, a comissão analisou denúncias de que o ministro, segundo reportagens da revista "Época" e do jornal "O Globo", viajou em avião da construtora Sanches Tripoloni - que realiza obras para o governo federal - e em aeronave de empresário do setor de agronegócios.
O PPS questionou no mês passado se Bernardo infringiu assim o Código de Conduta da Alta Administração Federal. "Quanto aos aviões daquela empresa, não só houve um desmentido formal do ministro de que jamais utilizou aviões daquela empresa, como da própria empresa", disse Sepúlveda Pertence, presidente da comissão.
O grupo ainda arquivou processo sobre a conduta do ministro Fernando Pimentel e do presidente da Petrobras. Reportagem da revista "Veja" relata reuniões entre eles e o ex-ministro José Dirceu, em um quarto de hotel de Brasília.
O PSDB chegou a entrar com representação contra eles por "infração aos padrões éticos condizentes com ocupantes de cargos da alta administração federal". "O que se tem é uma visita de dois cidadãos a outro cidadão", afirmou Pertence.
A Comissão de Ética adiou ainda uma decisão sobre denúncias de irregularidade no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), quando o então diretor-geral era Luiz Antonio Pagot.
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