quarta-feira, setembro 21, 2011

A marcha contra a corrupção

 

A marcha contra a corrupção. 15637.jpegO Grupo Terrorismo Nunca Mais (Ternuma) apoia  e se solidariza com as demonstrações públicas de insatisfação de parte da sociedade brasileira, capaz de unir - se em repúdio a uma das práticas mais funestas que se instalou na vivência nacional, a CORRUPÇÃO.

por Valmir Fonseca Azevedo Pereira

A corrupção é uma das faces mais visíveis de uma série de abusos praticados à larga pelo desgoverno e seus acólitos nos últimos anos, vícios que demonstram a dimensão daqueles que por detrás do populismo e da demagogia, vangloriam - se de distribuir os bens do restante da sociedade, promovendo o equilíbrio social e financeiro, mas de forma que o seu quinhão seja substancial.
Acobertados pelo discurso de que a todos devem caber bens iguais, não se avexam em adonar - se de uma parte ponderável do botim. É o seu justo prêmio pelo discurso de benfeitores dos pobres.
Como metem a mão nas burras do tesouro, que entendem como dos mais espertos, sem cerimônia se servem do que podem. Todavia, o vergonhoso assalto aos cofres públicos foi levado aos extremos da impunidade, e atingiu a paciência de parcela de cordatos cidadãos.
A última Marcha foi um breve e modesto grito de revolta, porém nada mais do que isso.
A realização pública das demonstrações de repúdio, mesmo que um arremedo de indignação demonstra o óbvio, o poder e a capacidade de mobilização através da internet.
Porém, apesar de aguardarmos com esperança o seu recrudescimento, como outras redes sociais não subordinadas ao desgoverno, o Ternuma integra - se à onda que aspira por justiça, por decência e por honestidade.
Contudo, aspiramos a muito mais, pois sabemos que a marcha contra a corrupção, pelos seus propósitos, pelo desejo de correção de atitude pelos nossos homens públicos, é uma chama a ser acalentada.
Lastimavelmente, basta mirarmos os demais setores, onde vemos a pesada mão da má gestão e da incúria, para constatar que somos joguetes e subordinados ao desmando maior. E que há muito que, e do que reclamar.
Sim, que venham as marchas contra a deseducação, contra os desserviços, e poderemos congregar cidadãos para todos os tipos de marchas, pois não faltarão motivos, porém por genéricas, mesmo representando uma parcela da sociedade, duvidamos que os donos do terreiro percam o seu profundo sono.
Marchas com frases de efeito, com palavras de ordem não irão abalá-los, pois voltam - se contra princípios e atos claramente abomináveis, mas não tem alvo fixo, são por demais amplas, vagas, e não têm à sua frente uma entidade, uma aspiração palpável.
Como exigir dignidade de quem não a tem? Como reconhecer patifes se no seu rosto nada há que os identifique?
O Ternuma aplaude, pois vislumbra que a MARCHA CONTRA A CORRUPÇÃO pode transformar - se em algo mais consistente, que impregne parte da população insensível, com o vírus da indignação. Mas até lá, vê com precaução as bandeiras de propósitos etéreos, como temos assistido ao longo dos anos às demonstrações contra uma infindável lista de incompetências e desvios ocorridos por inépcia declarada do desgoverno, protestos e demonstrações públicas de insatisfação, que redundaram em absolutamente nada.
São clamores aos céus, palavras bem intencionadas contra a justiça que acoberta a impunidade, mas não contra os agentes, que não escutando seus nomes, voltam a dormir candidamente.
Precisamos de bandeiras, de união, de indignação, de motivações concretas, como marchar contra a criação desta bestialidade que é a Comissão da Verdade, contra o PNDH3, a criação de reservas indígenas atentatórias à soberania nacional, e poderíamos listar as tantas ignomínias patrocinadas pela canalha no poder que já engolimos sem a menor reação.
Mas nunca é tarde demais, por isso, acorda Brasil.

PROTESTO 12

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