Um asteróide ameaça à Terra, alertam os astrónomos que monitoram o espaço.O asteróide Apophis de tamanho de dois campos de futebol pode aproximar-se de maneira perigosa da Terra em 2036 e a Organização das Nações Unidas (ONU) deve assumir a responsabilidade de criar uma missão para desviá-lo, disse no sábado (17) um grupo de astronautas, cientistas e engenheiros. Astrônomos estão monitorando esse asteróide, que tem uma chance em 45 mil de atingir a terra no dia 13 de abril de 2036.
Apesar de a chance de impacto ser baixa, uma recente ordem do Congresso para a Nasa aumentar suas atividades de monitoração de asteróides perto da Terra no futuro próximo deverá revelar centenas, se não milhares, de pedras especiais que ameaçam o espaço no futuro próximo, disse o ex-austronauta Rusty Schweickart.
"Não estamos observando apenas o Apophis. Todos os países estão em risco. Precisamos de uma série de princípios gerais para lidar com este tema", disse Schweickart, membro da tripulação da Apolo 9, que orbitou a Terra em março de 1969. Ele fez a afirmação durante a reunião da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), realizada em São Francisco, nos Estados Unidos.
Schweickart pretende apresentar uma atualização na próxima semana ao Comitê da ONU de Uso Pacífico do espaço, sobre planos de elaboração de regras para a resposta global à ameaça de um asteróide. Schweickart quer que a ONU adote medidas para lidar com ameaças de asteróides e decida se e quando agir. Já a Associação de Exploradores Espaciais, grupo formado por ex-astronautas e cosmonautas, pretende realizar uma série de seminários de alto nível neste ano para elaborar o plano e fará uma proposta formal à ONU em 2009, disse.
A maneira preferida para lidar com um asteróide potencialmente mortal é mandar uma nave que usaria a gravidade para alterar a rota do objeto, para que não mais ameace a Terra, disse o astronauta Ed Lu, veterano da Estação Espacial Internacional. O chamado Propulsor de Gravidade poderia manter uma posição perto do asteróide que representa ameaça, exercendo uma força leve que, ao longo do tempo, desviaria a pedra.
No caso de um asteróide do tipo do Apophis, que tem 140 metros de comprimento, a ação para mudança de curso levaria cerca de 12 dias, disse Lu. Os custos da missão são estimados em US$ 300 milhões. O lançamento antecipado de uma missão para desviar um asteróide reduziria a quantidade de energia necessária para mudar sua rota e aumentaria a chance de sucesso, afirmou Schweickart.
A NASA afirma que o efeito exato de um impacto do objeto de 140 metros na Terra dependeria da composição do asteróide e do ângulo de impacto.
Paul Slovic, presidente da Decision Research, empresa de Oregon que estuda julgamentos, processos de decisão e análises de risco, disse que o asteróide pode acabar com uma cidade ou com uma região inteira.
Reuters
Lulko Luba
O fim do mundo vem do espaço
Meteoritos, buracos negros ou supernovas podem ditar a extinção da humanidade
Se olhar para o céu à noite, o espaço infinito é salpicado por pequenos pontos de luz. Um refúgio de paz nas alturas. Mas esta imagem serena é uma grande ilusão. A Terra está imersa num ambiente hostil, à mercê das grandes forças cósmicas. À volta do nosso plante explodem estrelas, colidem galáxias inteiras e os buracos negros devoram tudo pela frente.
O livro “Death from skyes – These are the ways the worls will end” (A morte vem dos céus – Estes são os modos do mundo acabar) , da Robinbook Editorial, explica que a destruição da Terra é uma questão de tempo. O volume apresenta uma dúzia de cenas assustadoras e relata numa linguagem rigorosa e informativa como estas se podem tornar reais, como afectariam a vida na Terra e se podemos fazer algo para as evitar.
Philip Plait, astrónomo e autor do livro
O autor é o astrónomo Philip Plait, que trabalhou sete anos na NASA e outros tantos como professor. É também o criador do reconhecido blog Bad Astronomy, cujo objectivo principal é refutar questões como a astrologia, o criacionismo ou a conspiração lunar.
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