domingo, novembro 14, 2010

A volta da CPMF e a Guerra Cambial.

A CPMF vai voltar. Dilma Rousseff prometeu em campanha que o tributo que cobrou mais de 200 bilhões dos brasileiros em 11 anos de existência jamais iria voltar. A eleição passou, ela ganhou e agora o discurso é outro.

O governo já aponta a criação da CSS para tirar a saúde do caos, presidente do PT disse, em um tom de desculpa-justificativa, que todos os governadores querem a volta da “contribuição” do povo brasileiro para a saúde.

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O que fica no ar é: para onde foram os mais de 200 bilhões em 11 anos de CPMF? Por que temos a impressão que a saúde continua a não funcionar?

Outro assunto quente por aqui (e no mundo) é a tal da Guerra Cambial. O pai deste belo nome é nosso homem da moeda, o Guido Mantega, que está se debatendo para desvalorizar o Real, a fim de manter a competitividade das empresas brasileiras.

A medida que Mantega julgava eficaz para valorizar o dólar fez a moeda gringa subir 2 centavos no dia do anúncio (e talvez nem seja efeito da medida, porque no mesmo dia a China divulgou dados econômicos). O aumento do IOF não funcionou, então resolveu que um aumento na taxarão de investimentos estrangeiros através do mesmo mecanismo (IOF) resolveria. Adivinha só!

O caminho mais plausível para o Brasil é fortalecer o mercado interno, assim as empresas não irão depender tanto da exportação, além de permitir que as importações aumentem, causando a saída da moeda do país, e consequentemente alta do dólar. Sem contar a taxa de juros do Brasil que fica acima de 10% ao ano, isso é um atrativo espetacular para capital estrangeiro. No Japão a taxa básica de juros fica entre (acredite você) ZERO e 0,1%; nos EUA é de 0,25% ao ano.

Mas parece que não veremos isso tão cedo, com um imposto de importação na casa de 60% para pessoas físicas (uma reserva de mercado fake), imposto de renda em 27,5%, IOF comendo pelas beiradas, ICMS, IPVA, ISS, IPI, IPTU, CSLL, e agora quem sabe CSS, o destino do brasileiro é sustentar a máquina pública que não retorna uma saúde pública decente, nem educação decente, nem segurança, nanica de nada.

O pior é ver Lula dizendo que o Brasil não tem uma pesada carga de impostos. Haja amor ao Brasil para viver aqui hein.  

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