sexta-feira, novembro 25, 2011

BRASIL VERGONHA.

Capturarhju

BRASIL VERGONHA.

Entre 1959 e 2011.

Cenário 1: João não fica quieto na sala de aula. Interrompe e perturba os colegas.

Ano 1959: É mandado à sala da diretoria, fica parado esperando 1 hora, vem o diretor, lhe dá uma bronca descomunal e até umas reguadas nas mãos e volta tranqüilo à classe. Esconde o fato dos pais com medo de apanhar mais. Pronto.

Ano 2011: É mandado ao departamento de psiquiatria, o diagnosticam como hiperativo, com transtornos de ansiedade e déficit de atenção em ADD, o psiquiatra receita  Rivotril. Transforma-se num zumbí. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho incapaz e processam o colégio.

Cenário 2: Luiz, de sacanagem quebra o farol de um carro, no seu bairro.

Ano 1959: Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas sonoras bordoadas no traseiro... A Luiz nem lhe passa pela cabeça fazer outra nova "cagada", cresce normalmente, vai à universidade e se transforma num profissional de sucesso.
Ano 2011: Prendem o pai de Luiz por maus tratos. Condenado a 5 anos de reclusão e, abster-se de ver seu  filho por 15 anos . Sem o guia de uma  figura paterna, Luiz se volta para a droga, delinque e fica preso num presídio especial para adolescentes.

Cenário 3: José cai enquanto corria no pátio do colégio, machuca o joelho. Sua professora Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo...

Ano 1959: Rapidamente, João se sente melhor e continua brincando.
Ano 2011: A professora Maria é acusada de não cuidar das crianças. José passa cinco anos em terapia pelo susto e seus pais processam o colégio por danos psicológicos e a professora por negligência, ganhando os dois juízos. Maria renuncia à docência, entra em aguda depressão e se suicida...

Cenário 4: Disciplina escolar

Ano 1959: Fazíamos bagunça na classe... O professor nos dava uma boa "mijada" e/ou encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade e no resto da semana não incomodávamos mais ninguém.
Ano 2011: Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por repreender-nos e fica com a culpa por fazê-lo. Nosso velho vai até o colégio dar queixa do professor e para consolá-lo compra uma moto para o filhinho.

Cenário 5: Horário de Verão.

Ano 1959: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Nada acontece.
Ano 2011: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de apetite, nas mulheres aparece até celulite.

Cenário 6: Fim das férias.

Ano 1959: Depois de passar férias com toda a família enfiados num Gordini ou Fusca, é hora de voltar após 15 dias de sol na praia. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.
Ano 2011: Depois de voltar de Cancún, numa viagem 'all inclusive', terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono, "panic attack", seborréia, e ainda precisa de mais 15 dias de readaptação...
Cenário 7: Saúde.

Ano 1959: Quando ficávamos doentes, íamos ao INPS, aguardávamos 2 horas para sermos atendidos, não pagávamos nada, tomávamos os remédios e melhorávamos.
Ano 2011: Pagamos uma fortuna por plano de saúde. Quando temos uma distensão muscular, conseguimos uma consulta VIP para daqui a 3 meses, o médico ortopedista vê uma pintinha no nosso nariz, acha que é câncer, nos indica um amigo dermatologista que pede uma biópsia, e nos indica um amigo oftalmologista porque acha que temos uma deficiência visual.  Fazemos quimioterapia, usamos óculos e depois de dois anos e mais 15 consultas, melhoramos da distensão muscular.
Cenário 8: Trabalho.

Ano 1959: O funcionário era "pego" na cera (fazendo nada). Tomava uma regada do chefe, ficava com vergonha e ia trabalhar.
Ano 2011: O funcionário pego "desestressando" é abordado gentilmente pelo chefe que pergunta se ele está passando bem. O funcionário acusa-o de bullying e assédio moral, processa a empresa que toma uma multa, o funcionário é indenizado e o chefe é demitido.

Cenário 9: Assédio.

Ano 1959: A colega gostosona recebe uma cantada de Ricardo. Ela reclama, faz charminho mas fica envaidecida, saem para jantar, namoram e se casam.
Ano 2011: Ricardo admira as pernas da colega gostosona quando ela nem está olhando, ela o processa por assédio sexual, ele é condenado a prestar serviços comunitários. Ela recebe indenização, terapia e proteção paga pelo estado.
Pergunta-se:

EM QUE MOMENTO FOI ENTRE 1959 E 2011 QUE NOS TRANSFORMAMOS NESTE BANDO DE IDIOTAS?

Lula, o câncer, o SUS e o Sírio

Por Elio Gaspari, na Folha de S. Paulo desta quarta-feira.
"Essa é a saúde que queremos para o país: Descobrir um câncer no
sábado e começar o tratamento na segunda."
As pessoas que estão reclamando porque Lula não foi tratar seu câncer
no SUS dividem-se em dois grupos: um foi atrás da piada fácil, e ruim;
o outro, movido a ódio, quer que ele se ferre.
Na rede pública de saúde, em 1971, Lula perdeu a primeira mulher e um filho.
Em 1998, o metalúrgico tornou-se candidato à Presidência da República
e pegou pesado: ‘Eu não sei se o Fernando Henrique ou algum governador
confiaria na saúde pública para se tratar’.
Nessa época acusava o governo de desossar o SUS, estimulando a
migração para os planos privados. Quando Lula chegou ao Planalto,
havia 31,2 milhões de brasileiros no mercado de planos particulares.
Ao deixá-lo, essa clientela era de 45,6 milhões, e ele não tocava mais
no assunto.
Em 2010, Lula inaugurou uma Unidade de Pronto Atend imento do SUS no
Recife dizendo que ‘ela está tão bem localizada, tão bem estruturada,
que dá até vontade de ficar doente para ser atendido’. Horas depois,
teve uma crise de hipertensão e internou-se num hospital privado.
Lula percorreu todo o arco da malversação do debate da saúde pública.
Foi de vítima a denunciante, passou da denúncia à marquetagem
oficialista e acabou aninhado no Sírio-Libanês, um dos melhores e mais
caros hospitais do país.
Melhor para ele. (No SUS, uma pessoa que tem dor de ouvido e sente
algo esquisito na garganta leva uns 30 dias para ser examinada
corretamente, outros 76, na média, para começar um tratamento
quimioterápico, 113 dias se precisar de radioterapia. No Sírio de
Lula, é possível chegar-se ao diagnóstico numa sexta e à químio, na
segunda. A conta fica em algo como R$ 50 mil.)
Lula, Dilma Rousseff e José Alencar trataram seus tumores no Sírio.
Lá, Dilma recebeu uma droga que não era oferecida à patuleia do SUS.
Os companheiros descobriram as virtudes da medicina privada, mas, em
nove anos de poder, pouco fizeram pelos pacientes da rede pública.
Melhoraram o acesso aos diagnósticos, mas os tratamentos continuam
arruinados. Fora isso, alteraram o nome do Instituto Nacional do
Câncer, acrescentando-lhe uma homenagem a José Alencar, que lá nunca
pôs os pés.
Depois de oito anos: 1 em cada 5 pacientes de câncer dos planos de
saúde era mandado para a rede pública. Já o tucanato, tendo criado em
São Paulo um centro de excelência, o Instituto do Câncer Octavio Frias
de Oliveira, por pouco não entregou 25% dos seus leitos à privataria.
(A iniciativa, do governador Geraldo Alckmin, foi derrubada pelo
Judiciário paulista.)
A luta de José Alencar contra ‘o insidioso mal’ serviu para retirar o
estigma da doença. Se o câncer de Lula servir para responsabilizar
burocratas que compram mamógrafos e não os desencaixotam (as comissões
vêm por fora) e médicos que não comparecem ao local de trabalho, as
filas do SUS poderão diminuir. Poderá servir também para acabar com a
política de duplas portas, pelas quais os clientes de planos privados
têm atendimento expedito nos hospitais públicos.
Lula soube cuidar de si. Delirou ao tratar da saúde dos outros quando,
em 2006, disse que ‘o Brasil não está longe de atingir a perfeição no
tratamento de saúde’. Está precisamente a 33 quilômetros , a distância
entre seu apartamento de São Bernardo e o Sírio-Libanês.

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O grupo é contra a presença da Polícia Militar no campus. Além do fim do convênio da reitoria com o governo do Estado, que permite a presença da PM no campus, os alunos querem a anistia dos 73 detidos na reintegração de posse da reitoria, ocorrida na semana passada.

 CRACOLÃNDIA  DA USP.

VERGONHA … CAMBADA DE VAGABUNDOS .

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